Entenda porque foi proibido nadar nas águas limpas do rio Tietê


Os tapetes de plantas formaram oito manchas ao longo de 60 km do rio / Marquinhos Batista/Divulgação

Na última terça-feira (18), uma grande concentração de aguapés voltou a cobrir o Rio Tietê entre Botucatu e Barra Bonita, no interior de São Paulo. 

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Os tapetes de plantas formaram oito manchas ao longo de 60 km do rio,

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As plantas se acumulam em enseadas, curvas, pontes e afluentes e se deslocam de acordo com o volume de água da chuva e a direção do vento.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) orienta a população a não nadar, pescar ou praticar esportes náuticos nessas áreas. 

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O Diário do Litoral noticiou que o Governo de São Paulo tem projeto de conectar bairros e revitalizar áreas urbanas ao transformar o rio Tietê em uma via para a mobilidade urbana sustentável.

Grupos afetados

O Grupo de Trabalho (GT) Macrófitas Hidrovia Tietê-Paraná afirma que o problema está afetando direta e indiretamente 109 municípios do Médio e Baixo Tietê, e uma população estimada em 2,9 milhões de pessoas.

O GT estima que o excesso de aguapé causa um prejuízo superior a R$ 50 milhões por mês à região. Só os pescadores têm perdas de R$ 30 milhões mensais com a interrupção da pesca, danos em barcos e redes. 

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A prefeitura de Barra Bonita estima perda de R$ 10 milhões mensais com o turismo e outras atividades.

De acordo com o GT, o excesso de plantas pode ser retirado com dragas e outros equipamentos, porém a única operação que está sendo realizada no momento é o “vertimento controlado”.

Programa Rios Vivos

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado diz que o Programa Rios Vivos atendeu o município de Botucatu no primeiro ciclo, que foi encerrado em 2023.

Foram investidos mais de R$ 1,5 milhão e foram retirados mais de 17,8 mil metros cúbicos de sedimentos, inclusive plantas.

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O órgão afirma que as prefeituras interessadas em participar do terceiro ciclo do programa ainda podem solicitar participação.



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